Andreas Pereira concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista a Rio Ferdinand, no podcast ‘Vibe with FIVE‘, na qual explicou os motivos que o levaram a trocar o PSV pelo Manchester United, em janeiro de 2012, com apenas 16 anos de idade.
“Um observador, Geoff Watson, contactou o meu pai, e disse que o Manchester United estava interessado em mim. Na altura, tinha o interesse de alguns outros clubes, na Europa, mas sempre fui adepto do Manchester United e do [Cristiano] Ronaldo. Queria ir, e, quando aconteceu, foi rápido”, começou por afirmar.
“Lembro-me de passear em Carrington, de pensar que era um complexo fantástico e que queria ir para lá. Depois, disseram ‘Alguém quer falar contigo’. E era o Fergie [Sir Alex Ferguson]. Lembro-me de ele estar à nossa frente, e eu não conseguia acreditar”, prosseguiu.
“Pela primeira vez, vi o meu pai a não saber o que fazer. Ferguson disse-nos algo, mas, ao início, não percebi, porque o inglês dele não era fácil. Depois, disse ‘Há sempre espaço para um brasileiro, na minha equipa’. Isso ficou-me na cabeça”, completou.
Quase dez anos depois, o internacional brasileiro tomou a inesperada decisão de partir rumo ao Flamengo, a título de empréstimo, para a primeira ‘aventura’ em ‘casa’: “Pensei ‘Vou mesmo fazer isto? Tenho a certeza?’. No final, nunca estás 100% certo”.
“Depois da Covid-19, queria jogar. Estava a dar em doido. Queria jogar na Premier League. Queria demonstrar que era suficientemente bom. Estive muito perto de assinar pelo Everton, e, de repente, o meu pai ligou a dizer ‘Andreas, nunca jogaste no Brasil, és brasileiro'”, acrescentou.
“Todos no Manchester United disseram ‘Estás louco, vais ficar no Brasil, nunca vais voltar à Europa’. Na minha família, todos queriam que fosse, mas pensavam ‘Não, o que estás a fazer?’. Queria jogar no Brasil e queria sentir-me amado”, rematou.